Pular para o conteúdo principal

Sobre Canecas e Chá (Léo Fressato)


Eu não vim falar de amor,
Nem dizer que o destino foi quem nos juntou...
Eu não prometi cuidar e nem prometo agora,
Embora eu vá olhar com ternura pras tuas crias e pra caneca com chá...

Não peço pra namorar...
Você riria.
E eu morreria...
Sem ar.

Eu não vim pedir amor,
Nem me dei por vencido...
Cê sabe como é,
Sou teimoso de dar dó!

Só vim para dizer: no meu sertão não será sol...
Só vim para dizer: no meu sertão não será sol...
E vai chover...
E vai chover...

Sabe,
O meu amor é teu...
Não sei o que aconteceu,
Nem sei no que vai dar...

Sabe,
Só quero um beijo teu...
E que não diga adeus,
Para que eu possa voltar...

E eu voltarei!
Margaridas na mão, venho armado até os dentes!
Pra roubar teu coração
E colocá-lo rente ao meu...

Sabe,
Antes de terminar,
Minha moça, eu te digo:
Você vai ser feliz comigo...

Mesmo se o mundo acabar...
Mesmo se o avião cair...
Mesmo se a chuva alagar aqui...
Mesmo se a gente afogar...

E eu não vim falar de amor,
Nem dizer que o destino foi quem nos juntou...
Eu não prometi cuidar e nem prometo agora,
Embora eu vá olhar com ternura pras tuas crias e pra caneca com chá...

Não peço pra namorar...
Você riria.
E eu morreria...


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Declarações (Nadal Goulart)

Era uma segunda a noite Deitados a cama olhando um filme Eu disse q a amava e confirmei com um abraço Foi de surpresa, eu assumo "É você falando ou é a cerveja?" brincou ela comigo "Sou muito eu dizendo isso, e juro de agora em diante beber todas as noites e reconfirmar o meu amor!" Foi a desculpa mais esfarrapada de todas Que este farrapo achou para beber e ser compreendido Segundos depois da declaração nos olhamos Rimos Beijamos E voltamos ao silêncio de um contemplar em par De duas almas ímpares (Link:  Contos de Nadal: Declarações )

Família

Família... Quem de fato é nossa família? Muitas vezes quem tem nosso sangue nem sempre podemos considerar nossa família. Hoje fui no velório de uma tia "emprestada", que há muito tempo eu não convivia. A parte mais louca dessa história toda é que ela era irmã de um falecido ex-padrasto ao qual eu não gostava nada. Então me pego pensando que tive mais contato com ela, e os parentes que vim a conhecer desse ex-padrasto, que com meus parentes por parte de pai. Aliás, mais contato com eles que com o meu próprio pai. Da família "Cunha da Silva" eu mantenho contato com a filha dessa tia, a Cibele, de apelido Bebê, a quem tenho por prima desde que a conheci, e que me reconhece assim também, mesmo sabendo que de fato quem é primo dela é meu irmão. E tenho como irmã a filha mais nova do meu ex-padrasto, a Michele. Ambas são parte importante da minha existência, muito mais que alguns irmãos (ou meio irmãos) que tenho. Ainda que eu seja uma pessoa um pouco distante das pessoas...

Lágrimas na Chuva...