Pular para o conteúdo principal

DrãO (Gilberto Gil)


Drão!
O amor da gente
É como um grão
Uma semente de ilusão
Tem que morrer pra germinar
Plantar n'algum lugar
Ressuscitar no chão
Nossa semeadura
Quem poderá fazer
Aquele amor morrer
Nossa caminhadura
Dura caminhada
Pela noite escura...

Drão!
Não pense na separação
Não despedace o coração
O verdadeiro amor é vão
Estende-se infinito
Imenso monolito
Nossa arquitetura
Quem poderá fazer
Aquele amor morrer
Nossa caminhadura
Cama de tatame
Pela vida afora

Drão!
Os meninos são todos sãos
Os pecados são todos meus
Deus sabe a minha confissão
Não há o que perdoar
Por isso mesmo é que há de haver mais compaixão
Quem poderá fazer
Aquele amor morrer
Se o amor é como um grão
Morre, nasce trigo
Vive, morre pão
drão!
drão!


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Minha Vida (Rita Lee - versão de "In My Life" de The Beatles)

Tem lugares que me lembram Minha vida, por onde andei As histórias, os caminhos O destino que eu mudei... Cenas do meu filme Em branco e preto Que o vento levou E o tempo traz Entre todos os amores E amigos De você me lembro mais... Tem pessoas que a gente Não esquece, nem se esquecer O primeiro namorado Uma estrela da TV Personagens do meu livro De memórias Que um dia rasguei Do meu cartaz Entre todas as novelas E romances De você me lembro mais... Desenhos que a vida vai fazendo Desbotam alguns, uns ficam iguais Entre corações que tenho tatuados De você me lembro mais De você, não esqueço jamais...

Família

Família... Quem de fato é nossa família? Muitas vezes quem tem nosso sangue nem sempre podemos considerar nossa família. Hoje fui no velório de uma tia "emprestada", que há muito tempo eu não convivia. A parte mais louca dessa história toda é que ela era irmã de um falecido ex-padrasto ao qual eu não gostava nada. Então me pego pensando que tive mais contato com ela, e os parentes que vim a conhecer desse ex-padrasto, que com meus parentes por parte de pai. Aliás, mais contato com eles que com o meu próprio pai. Da família "Cunha da Silva" eu mantenho contato com a filha dessa tia, a Cibele, de apelido Bebê, a quem tenho por prima desde que a conheci, e que me reconhece assim também, mesmo sabendo que de fato quem é primo dela é meu irmão. E tenho como irmã a filha mais nova do meu ex-padrasto, a Michele. Ambas são parte importante da minha existência, muito mais que alguns irmãos (ou meio irmãos) que tenho. Ainda que eu seja uma pessoa um pouco distante das pessoas...

Estou Só

Então você começa a se perguntar o que de fato é recíproco? Amor? Carinho? Cuidado? Respeito? Ou apenas o tesão? Do que é feito um relacionamento? A doação de fato vem dos dois lados, ou há alguém que recebe mais enquanto o outro doa tudo o que pode? Quais os objetivos de cada um? E quais os objetivos em comum? Por mais aberta e livre uma relação, será que não se torna necessário certas construções de futuro? Ou será que por ser aberta é necessário contentar-se com estar presente no aqui agora sem esperar nada do futuro? O que faz alguém sentir vontade de relacionar-se com outra pessoa? Vantagens? Apreço? Tesão? Metas de curto prazo? Carência e ter alguém pra se passar o tempo? Ou seria necessário a vontade de estar com aquela pessoa a cima de todas as outras e todos os obstáculos? Tenho me sentindo tão só... Será que era isso que eu esperava de um relacionamento aberto? Ter hora marcada, dia certo? Não poder contar com a pessoa nos meus momentos de desesperos e crises? Ter que implora...