Eu entendo, quando é fácil demais a gente perde o interesse!
E muitas vezes a gente não cativa por querer, isso acontece e flui de forma natural!
Mesmo assim é necessário que sejamos honestos conosco e com quem nos relacionamos.
Mentir, enganar, iludir, falar doce só pra conquistar e depois agir de forma contrária é tornar o amor desacreditado!
Estou desacreditada, enganada e decepcionada!
Eu também feri, falei doce... Iludi quem me queria na esperança de que um dia daria certo, de que eu também me apaixonaria, de que eu pudesse retribuir o amor a mim dedicado.
Mas não posso amar!
Não posso amar porque já amo quem não me ama. Me dedico a quem me maltrata, me ignora, me ilude com palavras bonitas, mas age como um estranho...
Relacionar-se é criar expectativas que pedem para ser atendidas, mas nunca são.
O amor me devora, me consome, me tira todas as minhas energias e meus pensamentos... O amor me estraga, me arranha, me torna alguém cansada de apanhar... O amor me torna inerte em momentos em que eu deveria partir, ir, seguir o fluxo da vida... O amor me traí e me atraí, me pisa e me flutua... O amor me resseca, me disseca, me torna seca, suga meus líquidos. O amor me destrói!
Queria eu mais honestidade! Queria eu ser mais honesta! Parar de iludir quem me ama e de amar quem me ilude.
Mas ainda não é possível!
Sou fácil a quem eu amo, acessível demais e sem desafios... Sou fácil porque sou aberta, jogo limpo, me abro e me declaro. Arrasto um mundo, movimento mares, busco no infinito as estrelas mais inalcançáveis... Mas recebo em troca o farelo...
O mesmo farelo que dedico a quem me ama, a quem tenta acertar mesmo errando... A quem quer me amar e eu não permito... A quem eu machuco, a quem eu fujo, sumo, brigo sem motivos... A quem exigo mais do que eu realmente posso dar....
Seria tão fácil e tão belo gostar de quem está disposto a me gostar...
Eu entendo, quando é fácil demais a gente perde o interesse...
Mariana Lohmann (29/02/2020)
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