Pular para o conteúdo principal

Estou Só

Então você começa a se perguntar o que de fato é recíproco?
Amor?
Carinho?
Cuidado?
Respeito?
Ou apenas o tesão?

Do que é feito um relacionamento?
A doação de fato vem dos dois lados, ou há alguém que recebe mais enquanto o outro doa tudo o que pode?

Quais os objetivos de cada um? E quais os objetivos em comum?

Por mais aberta e livre uma relação, será que não se torna necessário certas construções de futuro?
Ou será que por ser aberta é necessário contentar-se com estar presente no aqui agora sem esperar nada do futuro?

O que faz alguém sentir vontade de relacionar-se com outra pessoa?
Vantagens?
Apreço?
Tesão?
Metas de curto prazo?
Carência e ter alguém pra se passar o tempo?
Ou seria necessário a vontade de estar com aquela pessoa a cima de todas as outras e todos os obstáculos?

Tenho me sentindo tão só... Será que era isso que eu esperava de um relacionamento aberto? Ter hora marcada, dia certo? Não poder contar com a pessoa nos meus momentos de desesperos e crises?
Ter que implorar para que uma foto seja postada... Será que é isso mesmo que eu preciso?

Ações que antes eram desapercebidos, quando o movimento era apenas de doação e ajuda. Quando a compensação vinha do simples fato do outro estar bem... Mas e  agora, quando sou eu que preciso, cadê aquele mesmo suporte? Cadê aquele mesmo apoio?

O mundo nunca vai ser um sonho cor-de-rosa, mas poderia ao menos ser mais empático e menos egoísta. Eu só precisava um colo, em vez disso fico com silêncio, data certa na agenda e comentários vagos que dão a entender a falta de cuidado que se tem para comigo.

Sendo assim, se é pra me sentir só... Que de fato eu seja, ao menos paro de doar a quem não merece receber...

Mariana Lohmann (03/12/2021)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Família

Família... Quem de fato é nossa família? Muitas vezes quem tem nosso sangue nem sempre podemos considerar nossa família. Hoje fui no velório de uma tia "emprestada", que há muito tempo eu não convivia. A parte mais louca dessa história toda é que ela era irmã de um falecido ex-padrasto ao qual eu não gostava nada. Então me pego pensando que tive mais contato com ela, e os parentes que vim a conhecer desse ex-padrasto, que com meus parentes por parte de pai. Aliás, mais contato com eles que com o meu próprio pai. Da família "Cunha da Silva" eu mantenho contato com a filha dessa tia, a Cibele, de apelido Bebê, a quem tenho por prima desde que a conheci, e que me reconhece assim também, mesmo sabendo que de fato quem é primo dela é meu irmão. E tenho como irmã a filha mais nova do meu ex-padrasto, a Michele. Ambas são parte importante da minha existência, muito mais que alguns irmãos (ou meio irmãos) que tenho. Ainda que eu seja uma pessoa um pouco distante das pessoas...

Declarações (Nadal Goulart)

Era uma segunda a noite Deitados a cama olhando um filme Eu disse q a amava e confirmei com um abraço Foi de surpresa, eu assumo "É você falando ou é a cerveja?" brincou ela comigo "Sou muito eu dizendo isso, e juro de agora em diante beber todas as noites e reconfirmar o meu amor!" Foi a desculpa mais esfarrapada de todas Que este farrapo achou para beber e ser compreendido Segundos depois da declaração nos olhamos Rimos Beijamos E voltamos ao silêncio de um contemplar em par De duas almas ímpares (Link:  Contos de Nadal: Declarações )

Não Calam!

Afogada em meus pensamentos  Angustiada com o dia de amanhã  Silêncio! Isolei-me e ainda sim eles não calam! As lágrimas já não são o suficiente. Já não durmo Já não como Já não falo... Silêncio! Em meus a pensamentos que não me levam a lugar nenhum... Quero apenas paz e sentir-me amada Talvez um dia! Silêncio! Mariana Lohmann (23/02/2022)