Era um domingo de sol, ele veio me visitar, estávamos entre amigos e mais o meu filho. Fizemos churrasco, bebemos, ouvimos música, cantamos, passos desajeitados de dança, rimos, passeamos pelo bairro... Conheceu mais um pedaço da minha história, a minha irmã de coração, a minha afilhada... Tomou café com elas!!! Conversamos, nos amamos, mãos dadas, carícias, beijos, abraços... Afeto!!!
Ao cair do dia deitamos de conchinha pra assistir junto com meu filho um seriado. E ele adormeceu, cansado de algumas noites pouco dormidas, enquanto meu filho e eu fazíamos piadas com o seu ronco. (Risos)
Foi leve, foi divertido, foi intenso... Foi tudo tão lindo como deve ser sempre!
Na hora da despedida, eu continuei deitada por causa do frio que eu sentia (estava até com febre e não sabia), enquanto ele saía e voltava mil vezes pela porta pra pegar algo que havia esquecido e despedir-se novamente. Até que ele disse:
-"Te Adoro!"
Aquilo veio tão inesperado e sem aviso, num tom de seriedade e sem pretensão alguma. Eu mesma já havia lhe dito "eu te amo" algumas vezes, porque tenho uma relação diferente com os sentimentos. Eu gosto de sentir e expressar amor por todas as coisas, amigos, amores, animais, plantas, seres vivos ou inanimados... Acho necessário falar, expressar e doar amor. Já dizia a cantora Pitty, "eu sou amor da cabeça aos pés"! Mas ele não. Ele não é desse tipo, não compartilha dessa ideia de amar à tudo e à todos. Aquele "te adoro" tão simples, estava cheio de tantos significados!
Fiquei tão feliz e ao mesmo tempo apreensiva por estar assim. Outrora ele havia postado uma foto nossa nas redes sociais dele, dito coisas fofas e criado expectativas de um futuro, mas pouco tempo depois acabou arrependendo-se, voltando atrás e me magoando. Eu estava com medo que esse meu estado de felicidade plena desmoronasse novamente como da outra vez. Aprendi a não me empolgar mais com as declarações dele.
Entretanto, três dias depois desse domingo, me mandou um áudio dizendo:
-"Mariana, eu acho que eu te amo... Mas sei lá... Ainda tô me decidindo... Tô meio confuso, sei lá... Mas... O que eu sinto não é... Só carência, não é só amizade. Mas... Enfim... Desculpa! Por eu ser tão idiota!"
Impossível explicar as sensações causadas por essa declaração e toda a conversa que seguiu a partir dela. Um misto de emoções e indagações confusas explodindo dentro de mim. Fiquei em choque!
Eu realmente não esperava tal declaração desse tipo vindo dele. Por tantas vezes ele havia me dito desacreditar do amor, que nunca mais voltaria a amar, que a única pessoa que ele havia amado era a mãe do filho dele. Eu queria e quero ser amada, mas já tinha me conformado que não haveria possibilidades de relacionamento sério com ele, que seu coração era algo inacessível, intocável. E mesmo que hoje o discurso dele siga sendo o de que não há possibilidades de um relacionamento sério entre nós, é impossível não ficar confusa, não fazer planos de um futuro e não querer ter ele ao meu lado ainda por um longo tempo...
Sei que mais dia ou menos dia meu anseio de encontrar alguém com os mesmos objetivos que eu para ter um relacionamento sério de verdade, vai acabar falando mais alto e me afastando dele. Mas por hora, estou me sentindo bem, feliz e amada. Quero que dure o tempo que tiver que durar.
Dia 13 completamos 3 meses... E que venham mais meses assim, com mais momentos felizes do que tristes!!! Que siga sendo leve e alegre, como tem sido. E, assim como já dizia Vinícius de Moraes:
"Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure."
Mas que seja infinito enquanto dure."
Amo muito o meu Chatonildo preferido!!
Feliz 3 meses de história!!!
Mariana Lohmann (18/08/2020)
Comentários
Postar um comentário