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O Calor das Mãos de um Anjo (Nadal Goulart)

Era mais um morto domingo
nada positivo estaria por vir
Mas veio uma simples caminhada ao lado dela
E uma situação simples
Se tornara única

O vento gelado soprava meu rosto
Entrava por debaixo de minha roupa e parecia se entrosar nos pelos da minha barriga
Deveria eu sentir frio
Mas o toque da mão dela
Aquecia forte meu peito e meu corpo todo
Sentia o pulsar do pulso dela junto ao meu

Conversamos sobre acontecimentos históricos e banais
Sobre descobertas e conquistas de povos
Sobre o magnetismo do universo
Sobre baboseiras q nem todas mulheres gostam de falar sobre

Pq o vazio da sociedade contamina nosso pensamentos
Nossa projeções do futuro
Nossas consciências do passado
Mas nada disso importa
Estava segurando a mão dela
Tornando aquele caminho tão já percorrido
Em de uma vez só único

E eu sentia a mão dela
E era ela q estava ali comigo
E eu não tenho nem a quem agradecer
Apenas a aproveitar


(Link: Contos de Nadal: O calor das mãos de um anjo)

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