Pular para o conteúdo principal

Pedacinhos de Mim

Tenho vontade de rasgar o meu peito, me partir em pedacinhos...
Sinto falta de estar com alguém, de estar apaixonada por alguém, de ter alguém pra chamar de meu amor... Sinto falta de sentir o frescor da descoberta de um novo amor, de sofrer por algum amor platônico e de me desapontar por algum amor não correspondido.
Às vezes tenho a sensação de que vou ficar sozinha pra sempre. Talvez porque meu último grande amor acabou há uns dois anos e com ele toda a esperança de um dia me casar de véu e grinalda como eu sempre quis. Talvez porque meu filho ocupa todos os meus espaços, horários e tempos disponíveis. Talvez porque esteja à tanto tempo sozinha que já não sei mais se teria paciência de começar tudo do zero.
Mas o que mais me faz falta é ter alguém por quem suspirar de verdade, alguém que vai me tirar o sono e me fazer escrever sem parar, alguém que vai me inspirar e vai me fazer querer ser alguém melhor. Sinto falta de preencher a lacuna do meu peito, sinto falta de amar desesperadamente como se o mundo fosse acabar amanhã.
E se o mundo se acabar amanhã?
Tenho a certeza que eu estaria feliz por tudo que vivi e que passei, mas me sentiria incompleta. Me faltaria alguém por quem passar a eternidade inteira amando, desejando ter ao meu lado. Alguém por quem desejar voltar ao mundo dos vivos.
Enquanto isso conheço pessoas novas e acabo me envolvendo... Reencontro pessoas do meu passado e volto a me envolver... Crio expectativas, escrevo poesias, dedico músicas, me encho de esperanças, fantasio ilusões de um futuro bom, mas no fundo permaneço vazia, seca e sem amor.
Eu não procuro e nem deixo de procurar, apenas espero e envelheço. Espero o dia que o sabor de amar me toque novamente!!! Permaneço a esperar!!!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Família

Família... Quem de fato é nossa família? Muitas vezes quem tem nosso sangue nem sempre podemos considerar nossa família. Hoje fui no velório de uma tia "emprestada", que há muito tempo eu não convivia. A parte mais louca dessa história toda é que ela era irmã de um falecido ex-padrasto ao qual eu não gostava nada. Então me pego pensando que tive mais contato com ela, e os parentes que vim a conhecer desse ex-padrasto, que com meus parentes por parte de pai. Aliás, mais contato com eles que com o meu próprio pai. Da família "Cunha da Silva" eu mantenho contato com a filha dessa tia, a Cibele, de apelido Bebê, a quem tenho por prima desde que a conheci, e que me reconhece assim também, mesmo sabendo que de fato quem é primo dela é meu irmão. E tenho como irmã a filha mais nova do meu ex-padrasto, a Michele. Ambas são parte importante da minha existência, muito mais que alguns irmãos (ou meio irmãos) que tenho. Ainda que eu seja uma pessoa um pouco distante das pessoas...

Declarações (Nadal Goulart)

Era uma segunda a noite Deitados a cama olhando um filme Eu disse q a amava e confirmei com um abraço Foi de surpresa, eu assumo "É você falando ou é a cerveja?" brincou ela comigo "Sou muito eu dizendo isso, e juro de agora em diante beber todas as noites e reconfirmar o meu amor!" Foi a desculpa mais esfarrapada de todas Que este farrapo achou para beber e ser compreendido Segundos depois da declaração nos olhamos Rimos Beijamos E voltamos ao silêncio de um contemplar em par De duas almas ímpares (Link:  Contos de Nadal: Declarações )

Não Calam!

Afogada em meus pensamentos  Angustiada com o dia de amanhã  Silêncio! Isolei-me e ainda sim eles não calam! As lágrimas já não são o suficiente. Já não durmo Já não como Já não falo... Silêncio! Em meus a pensamentos que não me levam a lugar nenhum... Quero apenas paz e sentir-me amada Talvez um dia! Silêncio! Mariana Lohmann (23/02/2022)