Pois então, o que dizer numa situação dessas? Que péssima ideia, não?
Eu criei um monstro! Acabo de ver ele criar garras e asas na minha frente, diante dos meus olhos... Eu disse: "Não se preocupe, eu sei como é estar no seu lugar!" e disse: "Vai lá, é carne nova no pedaço!"; E o que aconteceu?
Cedi o meu lugar na cama e o meu homem para alguém que acolhi na minha casa, que eu tratei como amiga, que eu acreditei que tivesse um pingo de respeito e consideração. Mas é claro que eu imaginei que isso pudesse acontecer!
Seus olhos de dissimulada, seu jeito de menina santa e seu sorrisinho falso nunca me enganaram...
Eu presenciei tudo. Cada momento de tudo.
Mesmo longe, debaixo de uma escada, foi como se eu estivesse lá. Ouvi os gemidos, os tapas, o gozo e as risadas... Ouvi tudo e não tive escolha...
Estou velha, estou gorda e senti o gosto de ser trocada.
E agora só me resta escrever e esperar a hora de ir embora.
Ainda que eu não tivesse dito nada... Ainda que ela não soubesse de nada... Mas sabia. E sabia o quanto eu o desejava.
A ele só me resta lamentar! Essa é a última vez que nos veremos e que nos falaremos.
Ele acabou com uma história/amizade de 6 anos... Mas é pra isso que servem os homens, pra acabar com as histórias na primeira oportunidade que tem!
E eu continuo a esperar pacientemente escrevendo e presenciando a distância uma nova fase de carícias. Se isso não é tortura demasiada? É claro que é!
Mas eu estou velha e esquecida nos 6 anos atrás em que eu fui a "carne nova no pedaço"!
Eu só queria estar em casa agora!
Por que as horas não passam mais rápido? Por que não amanhece mais rápido? Tenho pressa.
Quero me despir desse sorriso falso que me veste, que contorna os meus lábios e que diz que esta tudo bem, que os meus sentimentos não foram feridos. Não aguento mais fingir!
Eu queria estar em casa agora.
Pelo menos o blues me conforta e me embriaga, me faz lembrar e esquecer, me disfarça e me ameniza... O blues é a única coisa que salva e me mantem a esperar. E eu ainda espero.
A ela eu só tenho a lamentar muito, pois o único sentimento que me despertou foi o desprezo. As coisas irão mudar e, sinceramente, transas casuais são dispensáveis pra mim.
E lá se foi o segundo gozo. Os dois gemendo de prazer e eu a esperar... Então eu só tenho a lamentar por nós três. Transas casuais não pagam o estrago de duas amizades que acabaram de se encerrar agora. E eu estou a esperar...
Preciso ir embora, preciso afogar minha mágoas no meu travesseiro e nutrir meu rancor com essa raiva e com esse lamento que o meu peito está inflado e carregado.
Mariana Lohmann (20/09/2011)
Eu criei um monstro! Acabo de ver ele criar garras e asas na minha frente, diante dos meus olhos... Eu disse: "Não se preocupe, eu sei como é estar no seu lugar!" e disse: "Vai lá, é carne nova no pedaço!"; E o que aconteceu?
Cedi o meu lugar na cama e o meu homem para alguém que acolhi na minha casa, que eu tratei como amiga, que eu acreditei que tivesse um pingo de respeito e consideração. Mas é claro que eu imaginei que isso pudesse acontecer!
Seus olhos de dissimulada, seu jeito de menina santa e seu sorrisinho falso nunca me enganaram...
Eu presenciei tudo. Cada momento de tudo.
Mesmo longe, debaixo de uma escada, foi como se eu estivesse lá. Ouvi os gemidos, os tapas, o gozo e as risadas... Ouvi tudo e não tive escolha...
Estou velha, estou gorda e senti o gosto de ser trocada.
E agora só me resta escrever e esperar a hora de ir embora.
Ainda que eu não tivesse dito nada... Ainda que ela não soubesse de nada... Mas sabia. E sabia o quanto eu o desejava.
A ele só me resta lamentar! Essa é a última vez que nos veremos e que nos falaremos.
Ele acabou com uma história/amizade de 6 anos... Mas é pra isso que servem os homens, pra acabar com as histórias na primeira oportunidade que tem!
E eu continuo a esperar pacientemente escrevendo e presenciando a distância uma nova fase de carícias. Se isso não é tortura demasiada? É claro que é!
Mas eu estou velha e esquecida nos 6 anos atrás em que eu fui a "carne nova no pedaço"!
Eu só queria estar em casa agora!
Por que as horas não passam mais rápido? Por que não amanhece mais rápido? Tenho pressa.
Quero me despir desse sorriso falso que me veste, que contorna os meus lábios e que diz que esta tudo bem, que os meus sentimentos não foram feridos. Não aguento mais fingir!
Eu queria estar em casa agora.
Pelo menos o blues me conforta e me embriaga, me faz lembrar e esquecer, me disfarça e me ameniza... O blues é a única coisa que salva e me mantem a esperar. E eu ainda espero.
A ela eu só tenho a lamentar muito, pois o único sentimento que me despertou foi o desprezo. As coisas irão mudar e, sinceramente, transas casuais são dispensáveis pra mim.
E lá se foi o segundo gozo. Os dois gemendo de prazer e eu a esperar... Então eu só tenho a lamentar por nós três. Transas casuais não pagam o estrago de duas amizades que acabaram de se encerrar agora. E eu estou a esperar...
Preciso ir embora, preciso afogar minha mágoas no meu travesseiro e nutrir meu rancor com essa raiva e com esse lamento que o meu peito está inflado e carregado.
Mariana Lohmann (20/09/2011)
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