Pular para o conteúdo principal

Escrever

Tenho pensado muito em escrever, mas quando posso perco a vontade. Como se existisse um bloqueio, como se minha cabeça fervilhando não devesse ser revelada ou descrita.
Meus pensamentos estão caóticos, cada vez mais, mas os sentimentos... Esses eu já nem sinto.
Talvez por isso minha dificuldade na escrita, falta do que sentir! E não é que eu esteja sem sentimentos, eles só não se moldaram na escala de prioridades...
Eu sinto medo, sim, sinto muito medo. O pânico é uma constante na minha vida, medo de não conseguir pagar as contas, medo de não ter grana pra uma emergência, medo de que as coisas piorem mais do que já estão... Sinto medo de estar sendo muito ausente na vida do Samuel, medo de fazer algo errado e me afastarem do Dionísio também... Sinto medo que minhas gatinhas adoeçam como as outras e eu não tenha como salvá-las...
Medo!?!
Sinto amor pelos meus filhotes humanos e felinos, sinto amor por cada conquista e talvez amor por mim...
Ou será orgulho!? Tenho orgulho da fibra que tenho, do quanto eu sempre supero as coisas e da serenidade que tenho tentado cultivar na minha vida. Apesar do caos todo, tento me acalmar e serenizar...
Não sei o que me afasta da escrita, por muitos anos eu não conseguia me imaginar sem escrever, e agora...
É quase uma luta, é quase um problema, é quase uma dor!
Relembro situações que me arrependi o tempo todo, como se a força do meu pensamento pudesse me fazer voltar a aquele ponto e dar um novo final pra minha história. Mas não é possível.
Então acho que é isso que me bloqueia, já não tenho mais fantasias de finais felizes, apenas vivo o meu presente tentando me livrar dos medos, amenizando o pânico e tentando serenar!!!

Fim

Mariana Lohmann (29/03/2018)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Declarações (Nadal Goulart)

Era uma segunda a noite Deitados a cama olhando um filme Eu disse q a amava e confirmei com um abraço Foi de surpresa, eu assumo "É você falando ou é a cerveja?" brincou ela comigo "Sou muito eu dizendo isso, e juro de agora em diante beber todas as noites e reconfirmar o meu amor!" Foi a desculpa mais esfarrapada de todas Que este farrapo achou para beber e ser compreendido Segundos depois da declaração nos olhamos Rimos Beijamos E voltamos ao silêncio de um contemplar em par De duas almas ímpares (Link:  Contos de Nadal: Declarações )

Família

Família... Quem de fato é nossa família? Muitas vezes quem tem nosso sangue nem sempre podemos considerar nossa família. Hoje fui no velório de uma tia "emprestada", que há muito tempo eu não convivia. A parte mais louca dessa história toda é que ela era irmã de um falecido ex-padrasto ao qual eu não gostava nada. Então me pego pensando que tive mais contato com ela, e os parentes que vim a conhecer desse ex-padrasto, que com meus parentes por parte de pai. Aliás, mais contato com eles que com o meu próprio pai. Da família "Cunha da Silva" eu mantenho contato com a filha dessa tia, a Cibele, de apelido Bebê, a quem tenho por prima desde que a conheci, e que me reconhece assim também, mesmo sabendo que de fato quem é primo dela é meu irmão. E tenho como irmã a filha mais nova do meu ex-padrasto, a Michele. Ambas são parte importante da minha existência, muito mais que alguns irmãos (ou meio irmãos) que tenho. Ainda que eu seja uma pessoa um pouco distante das pessoas...

Lágrimas na Chuva...