O Fantástico Mundo de Mariana

Meu amor brotou como uma linda flor no meio de um mato seco Cresceu, floreceu e fez-se jardim Um amor livre, amor concreto, amor seguro... Um amor tão lindo, cheio de flores, de relva, de vida... Meu riso era tão feliz contigo Meus dias eram coloridos, perfumados das flores desse amor Te amando eu me amei mais, me senti tão bonita, tão pura... Um amor profundo, intensamente verdadeiro! Meu jardim cresceu tão rápido Uma primavera em pleno verão Até a chuva dançava livre dentro desse jardim Água pura e cristalina Um sonho tão bom de se viver! Foi então que uma tempestade se fez, arrancou meu amor e o levou para longe Meu jardim murchou, a terra secou e meu peito ruiu... A grama já não é mais verde, a chuva não aparece mais E o sol árido queima o que ainda restou Meus dias são preto e branco, já sem vida, já sem flores... Tempestade ruim levou meu amor, lavou meu jardim e me deixou só outra vez... E agora só me restam as lembranças e o gosto amargo de não te ter mais co

"Tão rápido e intenso como uma estrela cadente que corre os céus majestosamente, mas que no final morre no horizonte.  E simplesmente morre, só restando a saudade e as lembranças dos momentos felizes juntos! E lá se foi a outra metade da matéria da qual fui feita..." Mariana Lohmann (28/02/2015)

Enquanto você para e espera Eu ando, invado Eu abro a porta e entro Enquanto você cala quieta Eu brigo, eu falo Eu berro, eu enfrento No canto dessa sala emperra Eu ligo, acerto, eu erro E eu tento Enquanto você fala espera Aflito eu fico e digo Eu não entendo Não sei por que você Insiste em demorar Eu quero que você Diga já Que seja no Japão Jamaica ou Jalapão No Jaraguá ou na Guiné De charrete ou caminhão De carro ou caminhando a pé Eu vou No banco sem guitarra elétrica Com violão escrevo esse lamento Pois como molha a água a pedra Meu canto encerra o seu esquecimento

Eu acreditei No teu amor, no teu querer, nos teus sinais Na dor do teu olhar com medo de não me ver mais Mas entendi que nos dois somos pontos cardeais Ligados por um fio imaginário Mas sempre distantes demais Eu então me perguntei Até onde posso suportar? Até onde quero e me permito violentar? Pois te amar tanto assim lhe convém Mas me sangra tão bem Você parece estar à sombra de uma arvore Enquanto eu saio pra lutar ao sol Você parece repousar Num transatlântico de luxo Enquanto minhas mãos Fazem bolhas de tanto remar Então por que já não me diz adeus Pra eu parar de cantar...

Tenho lido cada bobagem sobre a legalização do aborto que me senti cativada a escrever sobre esse tema. Quantas pessoas que se dizem contra o aborto passaram por situações de aperto pra criar e alimentar seus filhos? Quantas dessas pessoas passaram fome e choraram por não ter como comprar um pão ou um leite? Quantas dessas pessoas já pararam de pensar em si e pensaram nessa criança que vem ao mundo sem ter pedido nada, se deparando com o mundo cruel em que vivemos? Bem, eu tive meu filho com 21 anos, estava na faculdade e namorava o menino fazia um mês. E por que não me cuidei ou cometi tal "deslize"? - muitos podem estar me perguntando agora. Porque o menino era inexperiente demais pra conseguir usar camisinha; porque eu era jovem demais e me deixava levar pelos impulsos sexuais; porque eu morava no campus da universidade sem depender dos pais e tinha que optar entre me alimentar ou comprar o maldito anticoncepcional  (vale ressaltar que só parei de tomar por um mês por

Um amor doente e desmedido Cheio de mágoas e feridas jamais esquecidas Talvez o silêncio alivie Talvez o tempo pacifique... Um amor novo e intenso Nasceu num coração já cheio de amor E esse silêncio que distancia E esse tempo que distraí Amor é cultivo, é doar-se Amor cultivado é amor que prende sem se querer Amor novo é frágil e precisa de cuidados São dois amores e eu aqui no silêncio... E eu aqui só e só nesse silêncio Espero o tempo passar... Mariana Lohmann (14/02/2015)

Venha me beijar, Meu doce vampiro, Ou ouuuuu Na luz do luar Ãh ahãããããh Venha sugar o calor De dentro do meu sangue, vermelho Tão vivo tão eterno, veneno Que mata sua sede Que me bebe quente Como um licor Brindando a morte, e fazendo amor, Meu doce vampiro Ou ouuuuu Na luz do luar Ãh ahãããããh Me acostumei com você Sempre reclamando, da vida... Me ferindo, me curando, a ferida... Mas nada disso importa, Vou abrir a porta, Prá você entrar, Beija minha boca, Até me matar... Cha lá lá lá Ou ouuuuu Cha lá lá lá Ou ouuuuu...Ou ouuuuu Ãh ahãããããh Ou ouuuuu...Ou ouuuuu Ãh ahãããããh Ãh ahãããããh Me acostumei com você, Sempre reclamando, da vida... Me ferindo, me curando, a ferida... Mas nada disso importa, Vou abrir a porta, Prá você entrar, Beija a minha boca, Até me matar... de amoooor!

Transbordante Transbordando de felicidade O amor me tocou, me bebeu, me dopou Sinto meu corpo como um copo cheio Pronta pra ser bebida, sorvida, tragada Ai amor... Como é bom transbordar! Hoje o dia é tão domingo E está tudo tão bonito Que ai... Me beba, me suga, me vira Transborda em mim todo esse teu amor Com o calor dos nossos corpos Com suspiros Ai nossos gemidos de gozo Transbordante Hoje o dia vai ser tão domingo Que só me resta esperar nosso próximo encontro O teu toque macio, teu abraço de urso E tua sede de me amar! Mariana Lohmann (08/02/2015)

Um blues eu faço pra tocar No azul desse seu olhar Eu sei que posso me afogar No azul que mora nesse mar Um blues que é a cara do luar Azul que cega o meu olhar Na hora de te abraçar Eu sinto a fúria desse mar Sua cabeça é dificil entender Estranha é a forma do seu proceder Quando eu te quero não consigo ter Quando não quero não me deixa esquecer Cada viagem que faço é um calor Cada minuto de céu é pra ter Um gosto melado do seu suor Salgado pedaço de um amanhecer